Constituintes Químicos de Austroplenckia populnea: Estrutura Molecular e de Cristal e Ensaios Farmacológicos

Grácia Divina de Fátima Silva

              O cerne da raiz, casca do tronco e os galhos de Austroplenckia populnea foram analisados e conduziram ao isolamento de 34 (trinta e quatro) substâncias, além de alguns ácidos graxos, sacarose e uma mistura de taninos.
            Foram isolados 14 (quatorze) triterpenos pentacíclicos das séries friedelano e oleanano, para os quais o trabalho foi direcionado.
            Uma análise estrutural, a nível molecular e de cristal, envolvendo espectrometrias de Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13 e Difração de Raios-X, é apresentada para alguns triterpenos.
            Das substâncias isoladas e identificadas quatro são inéditas, duas são inéditas na família Celastraceae e duas são inéditas como produto natural.
            O isolamento do Ácido 3b-hidroxi-2-oxo-friedelan-20a-carboxílico sugeriu uma seqüência biossintética alternativa para triterpenos quinonametídeos (um grupo de compostos com significativa atividade antitumoral e antibacteriana).
            A co-ocorrência de lapachol e um derivado da b-lapachona sugeriu uma rota alternativa para biossíntese de lapachonas.
            Vários constituintes, derivados e extratos da planta foram utilizados em testes antimicrobianos (antibacterianos, antifúngicos e tripanosomicidas) e de citotoxicidade. Alguns deles apresentaram atividade significativa.
            Do cerne da raiz foram isolados: ácido populnônico, ácido maitenfólico, ácido populnínico, lapachol, um derivado da b-lapachona, um g-lactona proveniente do ácido maitenfólico, uma mistura de ésteres provenientes de ácidos graxos, quatro alcalóides ainda não identificados e dois ácidos graxos.
            Da casca do tronco foram isolados: ácido populnônico, ácido epicatônico, ácido catonônico, ácido maitenfólico, ácido populnínico, ácido populnílico, populnonato de metila, populninato de metila, dispermoquinona, b-amirina, b-sitosterol, b-sitostenona, b-sitosterol-bD-glicosídeo, dulcitol, sulfato de cálcio, uma mistura de ésteres provenientes de ácidos graxos, sacarose e duas substâncias ainda não identificadas.
            Das folhas foram isolados: b-friedelinol, friedelina, b-sitosterol, dulcitol, sulfato de cálcio, uma mistura de taninos, sacarose e duas substâncias ainda não identificadas.
            Dos talos foram identificados apenas dulcitol e sulfato de cálcio.
  clique aqui para ver a figura maior 
 volta para teses e dissertações

Voltar a gêneros de Celastraceae
Voltar a triterpenos